Um país que tem na água sua maior fonte de renda em quase todos os setores da economia só pode basear sua alimentação no que as águas produzem. O arroz com feijão dos holandeses equivale a batata e peixe, muito peixe. Arroz, aliás, sequer faz parte do cardápio das famílias do país.
Fazem sanduíche de atum, de salmão, de arenque, com muita pasta de azeitona. Comem torta de peixe, bolinhos de peixe, pastel de peixe.
Os holandeses não almoçam. No máximo, um lanche rápido. Fazem um farto café da manhã, à base de leite e derivados, pães de diversos tipos, mas é o jantar a principal refeição do dia, que se dá entre 18h30min e 20 horas (anoitece entre 16h30min e 17h). Nele, claro, estão incluídos pratos com atum, salmão, arenque, lagosta, camarão, ostras, mexilhões.
Carne vermelha, na Holanda, é muito cara, por ser importada. O rebanho é todo leiteiro (as famosas vacas holandesas). As opções são porco, mais barato, e frango. Por fazer muito frio na maior parte do ano, sopas são sempre bem-vindas, principalmente de ervilha sem pele. E de peixe.
Também aparecem no cardápio repolho, chocolate (estão entre os maiores produtores mundiais, a partir de cacau importado), derivados de trigo e soja. A dieta holandesa é rica em carboidratos.
(Depois de três dias, decidi que meu café da manhã teria apenas pães, geléias e meio litro de iogurte com cereais. Impossível um gaúcho comer peixes, moluscos e crustáceos todo dia e passar bem)
(Na foto, meu jantar num restaurante de beira de estrada)